domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sábado feliz

Sábado foi dia de diversão:







E a vida é isso. Dancinhas com pessoas queridas. E a tarde foi uma delícia!

:)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Before Sunrise


- Às vezes sonho que sou um bom pai e um bom marido. E às vezes isso parece mesmo próximo. Mas há outras vezes em que isso parece tão bobo e ingênuo. É como se fosse a decadência da minha vida. E isso não é só um medo de me comprometer, ou de concluir que sou incapaz de amar, porque sei que sou capaz. É que se eu for realmente honesto comigo mesmo acho que preferiria morrer sabendo que fui realmente bom em alguma coisa, que me destaquei em algo, do que saber que apenas tive um bom relacionamento afetivo.

- É. Já trabalhei para um senhor, e ele uma vez me disse que empenhou a vida dele toda na sua carreira e trabalho. Ele tinha 52 anos, quando de repente ficou perplexo ao descobrir que não havia dado nada de si mesmo. Sua vida não serviu para ninguém, e para nada. Ele estava quase chorando quando disse isso.

Acredito que se há algum Deus, ele não estaria em nenhum de nós. Não em você ou em mim, mas nesse espaço entre nós. Se há algum tipo de magia no mundo, ela deve estar na tentativa de entender e compartilhar algo com alguém. Sei que é praticamente impossível conseguir. Mas e daí? A resposta deve estar na tentativa.

Antes do Amanhecer
(Richard Linklater, 1995)

(Assisti pela enésima vez essa madrugada. Poucos filmes falam de amor com tamanha sensibilidade. Além dele existe também o After Sunset que é a continuação de Before Sunrise. Recomendo muito).

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Hoje me contaram sobre uma pessoa que falou mal de mim. De forma injusta e desnecessária. Pelas costas.
Na hora fiquei revoltada. Vontade de descer a mão na cara da bitch falsa. Mas depois passou. Fiquei feliz por terem me contado, pelo menos agora eu sei com quem estou lidando e deixo de ser a pessoa bacana e prestativa que sempre fui com ela. Que se foda no mundo falso e sem escrúpulos que ela mesma criou.

Em tempos passados eu teria sofrido muito mais, e revisitado nossa amizade e se eu tinha errado em algo também. Mas um livro que estou lendo (lendo não. Devorando) tem feito eu repensar esse meu jeito tão Pollyana e reflexiva. O livro (We need to talk about Kevin é o título) mostra as cartas de uma mãe ao pai do seu filho que acabou de fazer uma chacina matando 4 colegas de escola, uma professora e uma servente. E por tudo que tenho lido, pelo detalhamento da mãe entre a gravidez e o dia da chacina, fica claro que desde cedo era um prazer para o menino ver e provocar a dor alheia.

Em suma: quem é filha da puta, o é desde sempre. E dificilmente vai mudar. Então quer saber? Eu é que não vou gastar meus neurônios tentando descobrir o que motiva uma pessoa a agir de forma escrota. Só posso falar a respeito da minha índole. Porque quem não tem caráter, nunca será diferente. Vida que segue. Com a certeza que nunca precisei prejudicar ninguém pra alcançar meus objetivos.
"Aqui digo: que se teme por amor,
mas que, por amor também,
é que a coragem se faz."


Guimarães Rosa

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

De pernas pro ar

Hoje tive que ir pra uma unidade diferente do trabalho, e que está dentro da área de rodízio de carros de SP. A idéia era então chegar às 07h00, dar uma ripa no que tinha a fazer e sair às 16h00 para chegar em casa a tempo de não pegar o rodízio e tomar uma multa.

Às 16h00 desci para pegar o carro no estacionamento. E aí que demoraram. 30, 40 minutos. Até o Gerente vir me contar que PERDERAM MINHA CHAVE. Sou uma bicha estressada por natureza, então pra não mandar alguém tomar no rabo, expliquei que o rodízio eu já tinha perdido, então agora deveria esperar até as 20h00 que é o horário onde ele finaliza, para ir para casa sem risco de multa. Resolvi ir ao shopping ao lado, pegar um cineminha e dar mais algumas horas para os infelizes acharem a chave do meu carro. Afinal ir pra casa eu não poderia de qualquer maneira mesmo.

Cheguei na bilheteria e só filmes pesados em cartaz. Pensei que brava do jeito que eu estava não seria uma boa idéia. O único filme comédia que passava era o "De pernas pro ar", aquele filme nacional com a Ingrid Guimarães. Em tempos normais eu jamais pagaria para assistir, mas tá no inferno abraça o capeta, e entrei pra assistir.
O filme foi uma surpresa e tanto, acabei rindo muito com algumas cenas. A Ingrid é realmente boa fazendo comédia.

Mas sabe o que mais me chamou atenção? O casal sentado ao meu lado. Ambos gargalhavam com as cenas. Mas sabe quando um de alguma forma quer suportar o outro no riso? Eles riam e se apoiavam um no outro. E se olhavam. E gargalhavam de novo. Riso de cumplicidade. De pessoas que estão acostumadas com a diversão em dupla. Isso aconteceu em vários momentos. Observadora de pessoas que sou, achei de uma sensibilidade e poesia absoluta. Porque eu enxergo poesia onde ninguém vê. E pra mim ter alguém que te acompanhe ao cinema e apoie-se em você enquanto ri até a barriga doer, é lindo.
Quando me perguntam que tipo de homem me atrai, eu sempre respondo que os que me fazem rir. Porque os que me fizeram chorar já apareceram aos montes.

Acho que agora é tempo de uma vida mais leve. Eu só quero sorrir. E dançar como se ninguém estivesse olhando.

:)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

You said I was everything
but I am just a small part
of your everything
you want everything and me
I don't want your everything
You are my everything
but when I'm gone
I'll be the one
the smallest part
that will restrain you
from getting everything you want
and you'll have nothing


Natvan Odiney

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cotidiano

E um dia você acorda, faz as suas coisas do dia a dia e em dado momento descobre que uma das pessoas que você mais ama no mundo pode estar doente. E é o tipo de coisa que você não quer nem pensar, quanto mais vivenciar.

E aí todas aquelas preocupações de trânsito, dia muito quente, contas a pagar, trabalho a ser feito, perdem a força. Porque são nada perto da remota possibilidade de você ver quem você mais ama sofrer.

E agora estou aqui. Torcendo para que todos os exames deem o retorno que esperamos. E novamente o trânsito, o dia quente, as contas a pagar e o trabalho a ser feito tornem-se os meus problemas mais preocupantes.

:(

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

I carry your heart with me

I carry your heart with me (I carry it in my heart)
I am never without it (anywhere I go you go,my dear; and whatever is done by only me is your doing, my darling)
I fear no fate (for you are my fate, my sweet)
I want no world (for beautiful you are my world, my true)
And it's you are whatever a moon has always meant
And whatever a sun will always sing is you

Here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud and the sky of the sky of a tree called life which grows higher than the soul can hope or mind can hide)
And this is the wonder that's keeping the stars apart

I carry your heart. I carry it in my heart.

(Meu poema favorito, pra minha pessoa favorita no mundo. Happy valentine's day. I've had the time of my life with you).

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ice dance



Acho essa uma das cenas mais lindas do cinema. Porque colocar com leveza e poesia uma história que conta a dificuldade que é ser diferente num mundo onde todos são iguais, é lindo e pra poucos. Tim Burton é gênio e esse filme sempre me emociona.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Fim de semana na praia. Biquini como única peça de roupa. Família. 35 graus. Stella Artois gelada. Amor. Risadas. Cumplicidade. Piscina. Pele vermelha. Fotos. Passeio no pôr do Sol. Ar condicionado. Revistas de moda. Soneca na rede. Churrasco. Melancia gelada. Dancinhas na beira da piscina.

Life's good. :)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Back to black

"...We only said goodbye with words, I died a hundred times..."

Acho essa a música mais genial da Amy. Ouvindo a caminho de casa hoje pensei no quanto durante a vida morremos centenas de vezes, como ela diz na canção. Aqueles momentos em que o dia amanhece e sua vontade é de não levantar. Mas as coisas vão mudando, e a Fênix interior faz você renascer e ver um novo sentido e perspectiva.

Quantas vezes mais na vida eu vou morrer e renascer?

Dessas reflexões que de vez em quando aparecem nos meus pensamentos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Das grandes amizades

Há alguns anos ele decidiu sair de Manaus, mudar de ares e de vida e tentar algo em São Paulo. Dei a maior força, sempre acreditei no talento dele. Sabia que ele cresceria muito se viesse para a cidade grande.
E aí ele chegou. Fui encontrá-lo no mesmo dia, passeamos por toda a cidade, andamos de metrô e ali estabelecemos o que eu chamo de amizade fiel como a de mafiosos italianos.

Nos próximos anos acompanhamos muito a vida um do outro: Eu o vi começar um novo curso na faculdade, terminá-lo, entrar em uma boa empresa, ser promovido. E o vi encontrar o verdadeiro amor. Que é claro, não era desses amores fáceis. Pessoas intensas como ele não se envolvem em modelos fáceis de relacionamento. E um dia ele me ligou pra dizer que a distância entre ele e ela não dava mais. Eles iam se casar. E novamente eu dei força porque percebi que ali havia amor de verdade. E pra mim é assim, se existe amor verdade você ultrapassa todas as barreiras do mundo e faz o amor virar realidade. Vivência. Cotidiano.

E agora eles decidiram morar em Fortaleza juntos. E meu coração doeu porque não terei mais por perto e ao alcance de um telefonema o meu amigo tão querido. Mas mais uma vez eu dou toda a força do mundo. Valorizo pessoas que saem da mesmice. Do quadrado onde sempre vivem. Que são inquietas e estão sempre revendo aquilo que pode ser melhorado.

Costumo dizer que eu só tenho essa vida. É só dela pelo menos que vou me lembrar quando tudo acabar. Se as coisas não forem minimamente felizes, o que afinal estou fazendo aqui? Sair da zona de conforto e partir para aquilo que me agrada é sempre o melhor caminho.

Amore mio, desejo à você e sua digníssima mulher que eu adoro também, tudo de melhor que possa existir. A vida nunca será um mar de rosas diário porque ninguém tem isso sempre, mas que tenha grande parte dos dias felizes. Que hoje, com a ida a uma nova cidade e num novo recomeço, inicie também uma fase única da vida de vocês. Um beijo da amiga paulista e fiel como uma mafiosa italiana, que estará aqui sempre que precisar.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Love and other drugs

"...Sometimes the things you want the most don't happen and what you least expect happens. I don't know - you meet thousands of people and none of them really touch you. And then you meet that one person and your life is changed..."


"...I've never known anyone who actually believe that I was enough until I met you. And then you made me believe it too..."


Ambas frases do filme "Love and other drugs", que assisti no final de semana. O filme é bacaninha. Mais uma dessas comédias românticas. Mas essas frases me chamaram muito a atenção.

Tô repetitiva com esses temas de amor, né? Pois é.

E já que estamos falando de cinema: Fujam de Cisne negro. Corram desse filme. Pior filme do ano, odiei muito.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

The notebook

Hoje fez um dia lindo. E dias lindos me lembram você.
São os dias em que quero sair pra vida. Quero alugar uma bicicleta pra andar no Ibirapuera, quero andar a Rua Augusta inteira tomando sorvete com havaianas no pé e sem hora pra voltar pra casa. Quero pegar um cinema à noite com direito a sessão dupla. Sair de um filme e entrar em outro.

E eu posso fazer isso sozinha. Eu posso e tenho feito. Mas nunca deixo de pensar como seria se você estivesse aqui. Tenho vontade de compartilhar contigo todas as coisas que penso, que vejo. As felizes e tristes. Os sentimentos. As vontades, as decepções. E acho isso tão louco. Mas que porra, como é possível tão pouco tempo mudar a vida e o coração da gente desse jeito?

Porque te escrevi isso uma vez. Escolhi você pra fugir comigo das feiúras do mundo.
Um dia era sonho. No outro dia virou a dura realidade. E eu sigo. Mas sempre pensando como teria sido. Porque acho que quando a gente não vive é assim. Pra todo o sempre fica a dúvida.

E no fim das contas, vou viver o roteiro da história de amor favorita do cinema. A mocinha que foi feliz depois de tudo. É claro que foi. Mas ficou sempre com a dúvida de como teria sido.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Momentos

Hoje estava pensando numa coisa que valorizo TANTO e que na loucura do dia a dia as pessoas acabam não enxergando: O poder que um momento, um pequeno momento tem na vida da gente.
Sabe aquele aspecto pequenininho, o detalhe que acontece no seu dia e que faz tudo ficar melhor?

As sextas feiras que saio cansada do trabalho ainda de dia, ligo alguma música que amo no último volume no carro e venho dirigindo na estrada a caminho de casa, olhando o pôr do Sol, com vento no rosto e nos cabelos. Me sinto TÃO inacreditavelmente feliz e grata pela vida, por tudo que me possibilitou viver aquele momento....pra muitos pode parecer bobagem. Pra mim faz a maior diferença do mundo no dia.
E por falar em sexta feira, espero ansiosa que a noite dela chegue logo. É a noite em que minha irmã sai do trabalho e vai pra minha casa. Pedimos pizza e assistimos algum programa péssimo na TV. As coisas que conversamos, o idioma só nosso, as milhares de risadas...talvez ela nem saiba disso mas é um dos momentos mais maravilhosos da minha vida. Daqueles que daqui muitos anos vou fechar os olhos e lembrar com amor no coração.

Ouvir aquela música que amo, dar um gritinho imediatamente e começar a cantar e dançar, um SMS ou email daquela pessoa que adoro no meio de uma tarde vazia, o meu gato dormindo enrolado nos dias frios com a patinha em cima da cabeça, cheiro das revistas novas que compro todo mês, meu sobrinho fazendo a mesma brincadeira de fingir que está dormindo só pra eu fazer cócegas nele todos os dias, a voz do meu pai ao telefone me chamando de amor, o sorvete diário de palito depois do almoço com as amigas do trabalho, esfoliar o corpo semanalmente com um produto cheiroso que faz a pele ficar lisinha, conversar madrugada adentro com os amigos num bar, o arroz doce da minha mãe, o cheiro diário no pescoço do meu sobrinho (melhor cheiro do mundo). Dançar sozinha, na frente do espelho, no trânsito. Correr pra casa depois de um dia quente debaixo de chuva morrendo de rir e chegando ensopada.

Esses momentos por vezes são rotineiros. Por outras vezes são mais raros. Às vezes são momentos que um dia aconteceram, e hoje ficarão só nas boas lembranças. Mas sempre mexem comigo a ponto de eu perceber que posso ter meus dias tristes, mas em algum ponto, uma fração de segundos às vezes, esses momentos vão acontecer. Vão me transformar. E vão me fazer sorrir.

(*) Texto inspirado numa crônica linda da Danuza Leão que li hoje, sobre valorizar o que de pequeno acontece todos os dias na vida da gente. Pequenos milagres que mudam tudo.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Da série: Escrevi e não enviei

Oi

Ontem eu tive a maior decepção do mundo, com uma das pessoas que mais amo na vida. E lembrei TANTO de você. Das milhares de vezes que conversamos sobre pessoas, sobre decepções e sobre o quanto é mais viável ficar sozinho quase sempre. Sobre o quanto caminhar sozinho é por muitas vezes melhor. Eu achava que era exagero seu. Que sim, é bom estar sozinho mas precisamos de um amigo ou amiga a quem segurar a mão. Cada vez mais, me convenço que você estava certo.

É tanta decepção....tanta gente olhando pro próprio umbigo, tanta falsidade, falta de solidariedade, de cuidado com seu semelhante. Sabe a porra da frase de gentileza gera gentileza? Tem perdido cada dia mais o sentido.

E eu lembrei de vc. E de alguma forma te invejei um pouquinho e o fato de vc conseguir viver bem e feliz, sozinho. E de aos 26 anos já ter percebido o que aos 30 eu me recuso a enxergar. Que sempre estarei sozinha. Que essa é a grande merda da vida, mas uma grande verdade também. Quis te escrever porque acho que você é a única pessoa que vai entender EXATAMENTE o que é olhar pros lados e pensar: É isso aí. Só posso contar comigo mesma.

Espero que vc esteja bem. Torça por mim?


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Porque às vezes é assim. A gente escreve, sopra um beijo ao vento. E não envia. Porque sabe que é o melhor a ser feito.