terça-feira, 19 de janeiro de 2010

19 de janeiro

Minha mãe conta que logo que completei 3 anos de idade, virei uma criança amuada. Sentava no sofá e ficava horas olhando pro horizonte, com cara de poucos amigos. Ela entendeu que podia ser o fato de ser filha única, e sentir falta de um(a) irmãozinho(a) pra brincar.

Ela não parou pra pensar que simplesmente eu poderia ser uma criança reflexiva. Ou que só estava com vontade de fazer cocô. hahahahaha.

Daí que ela ficou grávida da minha irmã. E o meu sossego acabou. Cresci com uma mini me junto, que me imitava em tudo, adorava me empurrar do colo da minha mãe, e desde pequena mostrava sinais da personalidade forte que teria no futuro.

Nossa união era bem evidente. Brincávamos muito juntas.

O tempo passou, e essa união só aumentou. Hoje, posso dizer com o peito aberto e todas as letras que ela é a minha melhor amiga. E que sorte absoluta eu tenho em ter um misto de irmã, amiga, psicóloga, consultora de moda, ouvinte, acompanhante de filmes.

Temos uma sintonia incrível, e alguns sinais e brincadeiras só nossas. Adoramos assistir novelas para imitarmos os personagens e mudarmos os rumos da trama(onde geralmente a protagonista é uma prostituta e o mocinho um vilão enrustido).

Com ela nunca falta assunto. Seja correndo juntas no parque, seja pegando um cinema, seja vendo um site de moda. Sempre temos o que conversar. Sempre rimos muito juntas.

Ela é um pouco mais fechada que eu. Eu digo que amo, abraço, beijo. Ela é uma pessoa de gestos. Se ela te ama, faz o que for preciso pra te ver feliz. E eu me sinto amada por ela. Quando fico triste, ela sempre entra em meu quarto e me tira do casulo. Ou faz um macarrão que sabe que eu gosto. Ou simplesmente me xinga e me manda levantar a cabeça.

Eu não imagino minha vida sem essa mulher. Sim, ela é uma mulher. E me deu o maior presente de todos: Meu sobrinho. O homenzinho da minha vida e a razão do meu sorriso diário.


Dona de uma personalidade forte, ela é do tipo ame-a ou deixe-a. Algumas pessoas ficam assustadas com as opiniões enfáticas que ela tem. Eu não me assusto, sempre achei que isso só demonstra a fortaleza de mulher que ela é. E o quanto não se importa com as opiniões a seu respeito.


Em um dia como hoje, só posso agradecer a Deus por tê-la aqui comigo. Minha mãe estava certa quando me viu sozinha há 27 anos atrás e resolveu trazer de presente esse anjo pra mim. Meu elo, meu pilar. Marcada na pele, assim como a tatuagem que fizemos juntas.



Te amo sista. Estarei sempre aqui pra você. E com você.
Ever thine. Ever mine. Ever ours.




Um comentário:

Cintia Liana disse...

Me emocionei. Lindo demais o texto e a relação de vcs! Eu e meu irmão também somos assim. Que vcs possam ser sempre uma grande força uma para a outra.