sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Here I go again on my own

Well, I'm back.
Quase 6 meses viajando. Uma infinidade de histórias. Passeios por lugares incríveis. Aprendizado. Melhoria absurda do idioma. Milhares de fotos. Muitos amigos. Lágrimas nas despedidas. Preocupação com minha volta ao Brasil e o que me esperaria ao chegar.

Na época da viagem, pensei muito se deveria manter um diarinho aqui, até pra relembrar os momentos conforme o tempo passasse. Mas eu não tinha muito tempo disponível, passava meio período estudando e o restante do tempo explorando as cidades que morei / visitei. Em alguns dias eu saía de casa às 8 da manhã e voltava pouco mais de meia noite. Passava o dia pernando, fazendo descobertas, conhecendo culturas.
Nem tudo foi rosas também. A barreira inicial do idioma (lembro que na primeira semana eu morria de medo até de ir a uma lanchonete comprar algo porque temia errar o pedido, dizer algo com pronúncia errada. Com o tempo fui perdendo o medo e já no final da viagem eu falava ao telefone horas com os amigos e até discussão de relacionamento eu tive em inglês hahahaha). Senti saudade. Muita. Procurava não ligar muito pra minha família e amigos porque quase sempre ficava mal. Por mais que você saiba que vai voltar, é difícil a distância. Ainda mais sozinha num país onde tudo é novo. Minha irmã passou por uma cirurgia complexíssima quando eu estava morando em New York e foi pavoroso. Quem acompanha o blog sabe que perder alguém da minha família é um trauma absoluto desde 2008, então passei por dias de muita tensão até constatar que ela estava bem e a recuperação ocorreria de forma tranquila no Brasil.

Tenho histórias engraçadas, emocionantes. Acho que posso citar vários momentos, mas alguns marcaram de tal maneira que acredito que ao fechar os olhos e recordar, vou sentir o mesmo que senti ali, enquanto tudo acontecia: A viagem que fiz pro Grand Canyon onde peguei um helicóptero e ali no meio de uma das paisagens mais lindas do mundo pensei no quanto a vida está aqui pra ser arriscada. No quanto é incrível poder chutar o balde às vezes, sem ter muito rumo. Eu, que sempre planejei tudo, de repente me vi no meio de um monte de indefinições. E God, como eu estava feliz em pela primeira vez na vida não saber o que fazer! Estava ali pra estudar, pra aprender, pra evoluir, pra crescer como pessoa. E tenho certeza que voltei com essa missão mais que cumprida.
Outro momento que me emocionou muito foi a chegada a New York. No dia em que me vi na Broadway. Outdoors gigantescos dos musicais que assisti até decorar as falas no Brasil, estavam ali. Me convidando a entrar e assistir. O dia que assisti The lion king será um dia pra guardar pra sempre no coração.

Agora de volta e com mil planos em mente, depois de uma temporada de autoreflexão e muito aprendizado, posso dizer que já sei o que quero. Voltei a ser a garota planejada de antes. Tenho meu target. É nele que vou focar. E se puder dar um conselho a qualquer pessoa, será: Chute o balde. Uma vez na vida. Mude o rumo de tudo. Vá para o oposto daquilo que você um dia pensou fazer. A sensação de liberdade, e a gestão da mudança na sua vida, vai te fazer outra pessoa.

E outra Jenna Rink passa a escrever nesse blog à partir de hoje. Com suas neuras, dúvidas e inquietações constantes. Mas feliz e muito mais ciente do seu lugar no mundo. :)

4 comentários:

Io disse...

Sempre fico feliz quando tem post novo aqui! E sempre saio daqui com aquela vontadinha de jogar tudo pro alto e arriscar aquele sonho absurdo... Um dia ainda vou ter essa leveza de espírito que sinto por aqui! =]

Bjo grande

Jenna Rink disse...

Di, que comentário lindo!
Levei 31 anos pra tomar a decisão, tudo tem seu tempo. Importante é não apagar dentro da gente o sonho. Fazer da vida tudo pra realizá-lo no momento certo. :)

Juliana disse...

Coisa linda esse post, seu blog, você. Mesmo sem a coragem e/ou a oportunidade de jogar tudo pro alto como vc fez, vc me influencia de várias maneiras. Como por exemplo, em querer voltar a escrever. Vamos ver né :)
Bjs e welcome back, de novo!

Jenna Rink disse...

Juliana, que linda você! Tô ficando mal acostumada com tantos comentários bonitos. Fico feliz em saber que de alguma maneira positiva inspirei alguém. Tive muitos modelos assim na vida, é bom olhar as histórias, tirar o melhor delas e transformar em algo pra gente, né?

Grande beijo