Sampa

Eu sou realmente suspeita pra falar dessa cidade. Nasci em São Paulo. E sou paulistana de alma. Do sotaque às atitudes. Tudo em mim exala São Paulo. Brigo feio com quem fala mal. Mas xingo a cidade de todos os adjetivos possíveis no trânsito infernal que pego na ida e volta do trabalho. Essa semana eu li uma crônica do Washington Olivetto sobre São Paulo. E ele diz que São Paulo são vários lugares em um só. É New York quando você sai do metrô Trianon e atravessa a Avenida Paulista. É Tóquio se você vai pra Liberdade na feira domingueira que é uma delícia. É Londres no Itaim. É Itália no Bixiga. Então o que eu posso reclamar? A cidade é minha cara. Da deselegância discreta de suas meninas, ao ritmo frenético e com uma pitada constante de diversidade. Te amo, São Paulo. E a minha relação será sempre a de uma namorada apaixonada por você. Avassaladora, de amor, de raiva. Mas incondicional.