quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

De pernas pro ar

Hoje tive que ir pra uma unidade diferente do trabalho, e que está dentro da área de rodízio de carros de SP. A idéia era então chegar às 07h00, dar uma ripa no que tinha a fazer e sair às 16h00 para chegar em casa a tempo de não pegar o rodízio e tomar uma multa.

Às 16h00 desci para pegar o carro no estacionamento. E aí que demoraram. 30, 40 minutos. Até o Gerente vir me contar que PERDERAM MINHA CHAVE. Sou uma bicha estressada por natureza, então pra não mandar alguém tomar no rabo, expliquei que o rodízio eu já tinha perdido, então agora deveria esperar até as 20h00 que é o horário onde ele finaliza, para ir para casa sem risco de multa. Resolvi ir ao shopping ao lado, pegar um cineminha e dar mais algumas horas para os infelizes acharem a chave do meu carro. Afinal ir pra casa eu não poderia de qualquer maneira mesmo.

Cheguei na bilheteria e só filmes pesados em cartaz. Pensei que brava do jeito que eu estava não seria uma boa idéia. O único filme comédia que passava era o "De pernas pro ar", aquele filme nacional com a Ingrid Guimarães. Em tempos normais eu jamais pagaria para assistir, mas tá no inferno abraça o capeta, e entrei pra assistir.
O filme foi uma surpresa e tanto, acabei rindo muito com algumas cenas. A Ingrid é realmente boa fazendo comédia.

Mas sabe o que mais me chamou atenção? O casal sentado ao meu lado. Ambos gargalhavam com as cenas. Mas sabe quando um de alguma forma quer suportar o outro no riso? Eles riam e se apoiavam um no outro. E se olhavam. E gargalhavam de novo. Riso de cumplicidade. De pessoas que estão acostumadas com a diversão em dupla. Isso aconteceu em vários momentos. Observadora de pessoas que sou, achei de uma sensibilidade e poesia absoluta. Porque eu enxergo poesia onde ninguém vê. E pra mim ter alguém que te acompanhe ao cinema e apoie-se em você enquanto ri até a barriga doer, é lindo.
Quando me perguntam que tipo de homem me atrai, eu sempre respondo que os que me fazem rir. Porque os que me fizeram chorar já apareceram aos montes.

Acho que agora é tempo de uma vida mais leve. Eu só quero sorrir. E dançar como se ninguém estivesse olhando.

:)

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