sábado, 12 de julho de 2008

Reconciliação

E eu voltei a falar com meu pai.
Ele ligou em casa, eu atendi e começamos a conversar.
Não houve pedido de desculpa, ou momentos constrangedores. Parecia que a gente nunca tinha deixado de falar.
A nossa relação é bem engraçada. Ele é uma das poucas pessoas da minha vida com quem eu fico sem fala. Sabe quando a pessoa pisa na bola incontáveis vezes, você tem vontade de xingar ele todo, nunca mais olhar na cara e não consegue?
Ele é tão absolutamente inteligente e eu o amo tanto que não consigo. Não consigo falar metade das coisas que quero e a gente volta a relação pai e filha. Tipo mulher de malandro, sabe? A diferença é que ele é meu pai.

A gente conversou sobre tudo. Contei do trabalho, do término de namoro, de tanta mudança que estou querendo implementar na vida que nem sei por onde começar. Ele ouviu tudo pacientemente e mais uma vez usou o discurso que usa desde que eu era pequena: Que eu tenho que fazer tudo, absolutamente tudo pra ser feliz. Porque a vida é uma só e o momento é agora.
E a gente conversou, se despediu. Declarações de amor, te amo filha, te amo pai e pronto.

Antes de desligar ele disse:
- Filha eu senti tanta vontade de ligar...vejo a novela todo dia e lembro de você
- Ah é? Por que?
- Vejo a Claudia Raia linda, classuda, altona e pernuda. E você vem à minha mente no ato. Minha eterna bailarina. A pessoa da qual eu mais tenho orgulho no mundo todo.

Ele é foda.

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